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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Jovem é morto a tiros no Guamá

“Por quê?”, foi a pergunta feita pelo auxiliar de mecânica, Erick John Moraes de Aviz, 18, antes de ser morto com, pelo menos, cinco tiros, na Passagem Monte Sinai, bairro do Guamá, periferia de Belém, no início da madrugada de quinta-feira (31). O jovem voltava da igreja junto com a namorada, quando dois homens em uma motocicleta o seguiram a fim de executá-lo. Familiares desconhecem qualquer envolvimento da vítima com a criminalidade e acreditam que ele pode ter sido morto por engano.
Segundo testemunhas, o casal foi abordado por dois homens que estavam em uma moto. O criminoso, que estava sentado na garupa, desceu armado com uma pistola de calibre 765 e munição 38, mandou o rapaz virar de costas, encostando o rosto na parede, e disparou vários tiros na cabeça até o jovem morrer.
O sargento PM Pedro, da viatura 9424, 3ª Companhia (CIA), da 5ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP), disse que foi informado da situação por um morador da área.
“Nós estávamos indo para outra situação quando uma moradora nos informou que um jovem estava morto aqui na passagem Monte Sinai. Mas o local é uma ‘área vermelha’, as pessoas temem falar sobre o que presenciaram”, disse.
Conforme apurações feitas pelo policial na cena do crime, a vítima já foi envolvida com crimes. “Antes de trabalhar e entrar para a igreja, o rapaz era envolvido com crimes, como assaltos na área. Pelas características, não restam dúvidas que foi uma execução. Cabe agora à Polícia Civil investigar o caso”, explicou.
FRIEZA
A namorada do jovem, que pediu para não ser identificada, contou que estava com o rapaz há um mês e que, no momento do crime, ele ia deixá-la em sua casa. Ela detalhou os momentos de medo e terror que passou.
“Nós estávamos na igreja e ele já ia me deixar em casa quando uma moto começou a nos seguir devagar, vindo bem atrás de nós dois. Os dois homens estavam vestidos com roupas pretas, usando capacetes e não deu para ver quem era. De repente, quando chegou bem aqui nesse trecho, o que estava na garupa da moto, mandou o Erick colocar as mãos na cabeça e encostar de frente para o muro”, disse.
Segundo ela, Erick não entendeu o motivo da abordagem. “Eles mandaram eu me afastar e logo que ele encostou-se ao muro, ele virou o rosto e falou: ‘por que eu?’. Nessa hora o homem atirou na testa dele. Ele caiu, e o homem atirou mais quatro vezes na cabeça dele. Depois eles saíram na moto como se nada tivesse acontecido”, concluiu.
Policiais da Divisão de Homicídios estiveram no local do crime, levantando informações que pudessem apontar as circunstâncias dos fatos. A perícia foi realizada pelos profissionais peritos do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”. Após levantamento de dados, o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).
(Diário do Pará)

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