No início da madrugada de quinta-feira (31), menos de duas horas
depois de um homicídio no bairro do Paar, na quadra 07 do Conjunto
Geraldo Palmeira, no Distrito Industrial, também em Ananindeua, Região
Metropolitana de Belém, foi morto com um tiro na cabeça em um suposto
ato de vingança, Cláudio Domingues Ferreira, 32. Segundo informações da
polícia, assaltantes da área teriam se vingado das constantes denúncias
que a vítima fazia sobre os roubos que os criminosos cometiam.
Conforme a polícia, Cláudio trabalhava em uma funerária e era um
homem trabalhador e muito querido por todos. Um vizinho que conversava
com a vítima quando o crime aconteceu, Enóquio da Silva Holles, 45,
falou que Cláudio o chamou em frente de casa, estacionou sua motocicleta
e ambos começaram a conversar.
“Eu estava conversando com ele, somos vizinhos e sempre a gente batia
um papo por aqui. Ele estava me mostrando um vídeo no celular dele e
fui buscar meu notebook para pegar o arquivo. Quando eu estava entrando
em casa ele ficou sozinho lá fora. Nessa hora ouvi os tiros e sai
correndo para dentro. Voltei e ele estava morto. Não vi absolutamente
nada que aconteceu”, contou.
Vítima foi ameaçada
De acordo com informações do soldado PM Pires, da viatura 8310, 20ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP), a vítima costumava denunciar assaltantes da área.
De acordo com informações do soldado PM Pires, da viatura 8310, 20ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP), a vítima costumava denunciar assaltantes da área.
“De acordo com moradores e familiares, ele falava demais e se metia a
querer denunciar os assaltantes aqui desta área. Ele era ameaçado de
morte, era revoltado com a realidade do local e queria bater de frente
com traficantes e assaltantes daqui do Geraldo Palmeira”, contou o
policial.
Na cena do crime, vários disparos foram feitos e um tiro chegou a
atingir o vidro do veículo de Enóquio, o vizinho que conversava antes de
Cláudio ser morto. O veículo estava estacionado e não havia nenhum
ocupante em seu interior.
“Lei do silêncio” é a regra
Por ser um local considerado como “área vermelha”, os populares e curiosos que se aglomeraram nas proximidades do corpo não quiseram falar sobre o caso. Um deles disse que a área é perigosa e no próprio local do crime contava com a presença de assaltantes que assistiam o trabalho de perícia do corpo.
Por ser um local considerado como “área vermelha”, os populares e curiosos que se aglomeraram nas proximidades do corpo não quiseram falar sobre o caso. Um deles disse que a área é perigosa e no próprio local do crime contava com a presença de assaltantes que assistiam o trabalho de perícia do corpo.
“Aqui ninguém fala nada. Se alguém abrir a boca acaba morrendo igual o
Cláudio, que era uma boa pessoa. Todos aqui gostavam muito dele. Agora
ele abriu a boca e acabaram o matando. Aqui mesmo se eu falar algo
comprometedor, alguns assaltantes que estão aqui podem me ‘derrubar’
depois”, disse um morador que pediu para não se identificado.
Para o delegado Vicente Gomes, da Divisão de Homicídios, o crime pode
ter sido motivado por uma vingança. “Os familiares e amigos disseram
que ele falava demais e que tentava bater de frente contra os
assaltantes daqui. Além de que, ele recebia constantes ameaças de morte e
a própria família já havia o aconselhado e já esperava pelo pior”,
falou o delegado.
Depois da perícia ser realizada pelos peritos do Centro de Perícias
Científicas “Renato Chaves”, o perito criminal Jorge Lopes disse que “a
vítima recebeu um único tiro na cabeça”. O corpo de Cláudio Farias foi
remoído para o Instituto Médico Legal (IML). O homicídio foi registrado
na Seccional Urbana de Ananindeua.
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